Escolhas.

Às vezes nos tornamos reféns de nós mesmos.
É mais fácil ficar calado, abrir mão da vida social, dos amigos, muitas vezes até da família, à enfrentarmos a realidade e assumir que aquilo tudo que está acontecendo é porque permitimos que aconteça.
Muitas vezes desistimos de lutar..., quando nos damos conta, o mundo é outro. Estamos sós.
Muitas pessoas deixam suas vidas de lado por causa de marido, filhos, netos, parentes enfermos, e não se dão conta de que a vida está passando.
Outro dia observei que meus irmãos tem sempre compromissos no final de semana: churrasco na casa de amigos, casamentos, batizados... e eu não.....

Pra evitar brigas e escândalos, me fechei numa concha, abri mão da minha vida para permanecer numa relação que não me acrescenta nada, apenas tira.
Muitas vezes pensamos em nos separar, deixar que os filhos vivam suas próprias vidas e assumam suas realidades ou mesmo pensamos em contratar um enfermeiro pra cuidar dos enfermos, mas o sentimento de posse, de culpa nos invade.
Somos egoístas, achamos que o outro não poderá viver sem nós. Mas talvez somos nós que não conseguiremos viver sem a dependência deles.
Quando pensar em nós?
Sair, viajar, descansar, fazer amigos, planejar férias consigo mesma?
Quando acabar o sentimento de culpa?
Uma amiga me falou: se você morrer o mundo vai continuar girando, todos aprenderão a viver suas vidas sem a sua dependência. Por que não habituá-los desde já?
Portanto amigas que tal começarmos agora? Não é fácil colocar a nossa vida em primeiro lugar, mas temos que aprender.
Como diz o poeta, somos fruto de nossas escolhas!
Então, vamos fazer um lista de prioridades: o que está nos perturbando, o que queremos mudar, quais os nossos objetivos e o que precisamos fazer para realizá-los. A cada conquista vamos riscando a lista.
Na minha lista, já conquistei algumas vitórias, estou preenchendo minha vida com coisas que me dão prazer. E percebi que realmente, a vida continua.....